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02 Dezembro

China e Brasil lançarão novo satélite de recursos da Terra no próximo ano

"O novo satélite, o China-Brasil Earth Resource Satellite-4A, ou CBERS-4A, será lançado no segundo semestre de 2019", disse Li Guoping, secretário-geral da Administração Espacial Nacional da China, em recente entrevista. com a Xinhua antes de um simpósio realizado em Pequim na quinta-feira, em comemoração ao 30º aniversário da cooperação espacial sino-brasileira.

Os satélites CBERS são satélites de sensoriamento remoto da Terra, projetados especificamente para observação da Terra em órbita para uso não militar, como monitoramento ambiental, meteorologia e confecção de mapas.

Segundo Li, o novo satélite a ser lançado, o CBERS-4A, está montado e atualmente passa por testes no Brasil. Está definido para substituir o CBERS-4. 

O CBERS-4, lançado em dezembro de 2014, encontra-se atualmente em ótimo estado, embora em regime de serviço estendido.

"Os dois países também iniciarão o projeto final e a pesquisa do CBERS-5 e CBERS-6. Os dois satélites serão sucessores do CBERS-4A, projetado para servir por cinco anos", disse Li.

A China e o Brasil assinaram o acordo que estabelece a pesquisa e a produção conjunta da série CBERS em julho de 1988. O programa foi um bom exemplo para a cooperação entre países em desenvolvimento no campo da tecnologia espacial e tem sido elogiado como um modelo de Cooperação Sul ".


VELHOS AMIGOS

Em julho de 1988, a China e o Brasil assinaram o acordo que estabelece a pesquisa e produção conjunta do CBERS.

O CBERS-1, o primeiro satélite do programa, foi lançado com sucesso em outubro de 1999, dando a cada país seu primeiro satélite de sensoriamento remoto tipo transmissão. Foi classificado como um dos 10 principais avanços científicos e tecnológicos do ano na China.

Foi o primeiro satélite desenvolvido em conjunto pela China e outro país e deu um bom exemplo para a cooperação entre os países em desenvolvimento no campo da tecnologia espacial, e foi elogiado como um modelo de "cooperação Sul-Sul".

Enquanto isso, dados dos satélites CBERS, de acordo com Li, são fornecidos gratuitamente a vários países da Ásia-Pacífico e da América Latina.


COOPERAÇÃO FUTURA

"Acho que a cooperação entre a China e o Brasil no espaço durará mais do que isso. Espero que dure mais de 100 anos", disse José Raimundo Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira em uma entrevista.

Tanto Raimundo quanto Li disseram que os dois países continuariam a trabalhar juntos para consolidar e expandir a cooperação além do programa CBERS.

Em 2016, as agências espaciais dos estados do BRICS anunciaram planos para criar uma constelação conjunta de satélites para o sensoriamento remoto da Terra. Os BRICS agrupam o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.

Cada país fornecerá um a dois satélites para a constelação, e o projeto fornecerá principalmente serviços aos países em desenvolvimento, de acordo com Li.

Os satélites CBERS seriam incluídos no programa de constelação.

"Nossos satélites têm que ser úteis para a humanidade. Acredito que a marca CBERS terá seu papel melhorado em todo o mundo. Ainda mais do que já é", disse Raimundo.


FONTE: xinhuanet.com