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24 Julho

Drones com tecnologia LIDAR ajudam na restauração florestal da Mata Atlântica

A presença dos drones tem se tornado cada vez mais comuns em diversas áreas sociais que abrangem desde o lazer até avançadas pesquisas de reconhecimento de território. No caso de um grupo de cientistas e pesquisadores das Universidades de Connecticut e Flórida, em parceria com profissionais da NASA, os veículos aéreos não tripulados - mais conhecidos como Drones - estão ajudando na importante tarefa de mapeamento da Mata Atlântica no sudeste do Brasil.

Os pesquisadores estão coletando dados para ajudar em futuros programas de restauração florestal por meio de estruturas tridimensionais das superfícies terrestres renderizadas com alta precisão. Dessa forma, será possível medir o crescimento da floresta e identificar com mais facilidade e rapidez se os métodos utilizados estão sendo efetivos para a restauração da biodiversidade da Mata Atlântica. 

Para realizar esse processo, os pesquisadores estão fazendo o uso de drones equipados com a tecnologia LIDAR(Light Detection and Ranging), que como o próprio nome diz, serve para calcular distâncias e criar mapas em alta resolução através de pulsos de laser em direção ao dossel da floresta, que em seguida são refletidos por sensores capazes de cobrir uma grande área. Além disso, os drones também têm o sistema de sensores remotos avançados da GatorEye, criado justamente para auxiliar no trabalho de pesquisadores em elaborar um grande banco de dados de imagens fiéis e detalhadas de grandes áreas. 

A varredura a laser combinada com o sensoriamento que cria imagens hiperespectrais conseguem coletar centenas de imagens de diferentes comprimentos de onda que, no caso da Mata Atlântica, são importantes para se observar aumentos na altura do dossel e na biomassa da região - dois dos dados mais relevantes para o compreender e até mesmo prever o desenvolvimento de uma floresta tropical.

O método aplicado na Mata Atlântica pretende ajudar na meta internacional de restaurar ao menos 350 milhões de hectares de florestas em todo o mundo, até 2030, sendo uma alternativa complementar a pesquisa no solo, que coleta dados “a mão” pelos próprios cientistas e uma opção bem mais barata se comparada o uso de aviões com a tecnologia LIDAR, que mesmo cobrindo uma grande área, têm custos elevados e depende de terceiros para conseguir realizar uma coleta efetiva de dados.

Os drones estão se mostrando bastante competentes e úteis para esse trabalho, então é de se esperar que tenhamos mais uso de todo esse potencial em breve, com implementação de novos recursos, funcionalidades e aplicações diferentes.


FONTE: DroneDJ