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28 Novembro

Variedades de soja podem ser detectadas via sensores remotos

A soja é uma cultura de origem asiática que começou a ser plantada no sul do Brasil no início do século XX. Hoje é o segundo maior produtor mundial, com mais de 33 milhões de hectares da cultura distribuídos de norte a sul do país. Boa parte dos créditos desse sucesso se deve às pesquisas realizadas, principalmente no melhoramento genético dessa planta na tolerância aos herbicidas, sua adaptação aos vários climas e solos do país e aumento de produtividade. Atualmente no país existe tecnologia para a identificação de variedades de soja por meio de técnicas de sensoriamento remoto, inclusive na detecção fenômica dessas plantas. Os pesquisadores puderam verificar com a utilização de dados hiperespectrais (mais de 100 bandas espectrais) cada variedade com alta precisão, incluindo as geneticamente modificadas. É o que apresenta a pesquisa publicada na Infrared Physics & Technology, “Soybean varieties discrimination using non-imaging hyperspectral sensor”, realizada por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) em parceria com outras universidades do Brasil e do exterior. A atual tecnologia de sensoriamento remoto, baseada em dados de reflectância no intervalo de 350–2500 nm, tem a capacidade de discriminar essas plantas. As análises das curvas espectrais permitiram sua caracterização baseada em pontos-chave ao longo do espectro eletromagnético. Esses resultados são de caráter inovador e multidisciplinar, envolvendo melhoramento genético de plantas e sensores remotos, permitindo assim abrir portas para o monitoramento não somente dos tamanhos das áreas cultivadas, mas também quais cultivares estão sendo implementadas no país, contribuindo na formulação de políticas públicas do segmento agrícola.

Acesse a publicação em: https://doi.org/10.1016/j.infrared.2018.01.027