Influência do Manejo da Irrigação e da Pontualidade da Semeadura Rentabilidade do Milho Segunda Época e do Feijão
RESUMO: Em razão da importância da produção de grãos para a economia do estado do Mato Grosso, a pesquisa busca demonstrar aos produtores rurais a relevância do planejamento dos processos produtivos, como o manejo adequado para a irrigação, averiguando não apenas o retorno econômico, mas também a adequada utilização desse recurso e a preocupação com a disponibilidade hídrica de boa qualidade para as gerações futuras, para obter o uso sustentável dos recursos hídricos. Além do planejamento e dimensionamento adequado do maquinário agrícola para a redução de custos e definição da melhor época para realizar a semeadura com o intuito de aumentar a produtividade e receita. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é identificar qual o manejo adequado da água na irrigação e a influência da pontualidade da semeadura mecanizada na receita líquida da produção de grãos. O trabalho foi dividido em dois artigos, o primeiro quantificou o custo variável do manejo da irrigação e a rentabilidade do milho e feijão aliados à economia do recurso hídrico, no estado de Mato Grosso. Já o segundo capítulo objetivou, através de um modelo computacional, avaliar a influência da pontualidade da semeadura do milho de segunda safra na receita líquida da referida cultura. A pesquisa foi realizada com base em referenciais teóricos para levantamento de dados, o estudo foi desenvolvido no Laboratório de Meteorologia, nas dependências da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Tangará da Serra – MT. O primeiro artigo foi realizado a partir de revisão bibliográfica, foram levantados dados referentes às lâminas de irrigação, tempo utilizado para irrigar, produtividade das culturas do milho e feijão, custos de produção e receitas com vendas. Os dados foram submetidos ao indicador Razão Benefício/Custo (B/C) para fins de análise da rentabilidade, também foi realizada uma análise da eficiência do uso da água. O custo variável do manejo das lâminas, para a cultura do milho por hectare, apresentou: 140mm= R$ 295,55; 190mm= R$ 401,11; 290mm= R$ 612,22; 388mm= R$ 819,10. Já para a cultura do feijão os custos das lâminas foram: 295,14mm = R$ 473,01; 408,65mm= R$ 654,97; 522,17mm= R$ 836,91; e 635,69mm= R$ 1.018,86. A lâmina de 190mm para a irrigação do milho e de 522,17mm para a irrigação do feijão são as melhores para serem aplicadas pelo produtor, visando equilíbrio econômico e ambiental, pois apresentaram maior eficiência no uso da água aliados a maior taxa de rentabilidade comparado as demais lâminas. No segundo artigo foram elaborados cenários constituídos por três diferentes tamanhos de áreas, três épocas de semeadura do milho safrinha obtidos pelos dados de Barbieri (2016), e dois portes de máquinas (médio e grande), submetidos a cálculos de dimensionamento operacional, com dados meteorológicos, custos fixos e variáveis das máquinas, custos de produção, irrigação e respectivas receitas. Em relação ao porte das máquinas, o modelo demonstrou que nas áreas de 600 ha o médio porte gerou menor custo. Já para as áreas de 1200 ha e 1800 ha o conjunto maquinário de grande porte gerou menor custo, sendo o recomendado em termos econômicos. O indicador Razão B/C demonstrou que a primeira época, que corresponde a 27 de janeiro em todos os cenários, é a melhor época para realizar a semeadura, pois apresentou o maior retorno financeiro.
Palavras-chave: irrigação; custos; épocas de semeadura.
Autor(a): Alice Medeiros Osti
Orientador(a): Prof. Dr. Rivanildo Dallacort
Período da pesquisa 10-2015 a 10-2017.
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